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AS PLANTAS DO NATAL NOS NOSSOS JARDINS BOTÂNICOS

Neste Natal propomos uma visita aos Jardins Botânicos da ULisboa para conhecer as plantas que estão associadas à quadra natalícia.
Qual a sua origem e porque estão associadas ao Natal?

PINHEIRO MANSO

Pinus pinea L.

É uma planta nativa da região mediterrânica, com ocorrência no sul da Europa e no Levante que foi, mais tarde, introduzida com sucesso em muitos outros países.
Durante a época natalícia é frequente o seu uso como árvore de Natal. Esta espécie contribui para a sustentabilidade do planeta, sendo uma das espécies escolhidas para ações de reflorestação de áreas suscetíveis à desertificação.
A tradicional árvore de Natal é frequentemente proveniente da sua plantação em vaso ou de limpezas de pinhais efetuadas por entidades publicas ou privadas certificadas.


ONDE ENCONTRAR?

JBA: 38.706173 -9.202533

JBT: 38.700153 -9.202856, 38.698711 -9.201714

JBL: 38.718666 -9.149842

OLIVEIRA

Olea europaea L.

A Oliveira é nativa da Europa Mediterrânea, Ásia e África.
Símbolo da paz, a Oliveira é frequentemente oferecida em vaso como presente de Natal.


ONDE ENCONTRAR?

JBL: 38.718291 -9.149254

JBT: 38.700145 -9.202873, 38.699570 -9.203074

ESTRELA DE NATAL

Euphorbia pulcherrima Willd. ex Klotzsch

Também conhecida por Poinsétia, a distribuição nativa desta espécie vai do México à Guatemala e foi introduzida em muitos outros países em diferentes continentes.
A associação desta espécie com o Natal deve-se a algumas lendas e aos frades Franciscanos no México que a incluíram nas suas celebrações de Natal nos séculos XVI e XVII.
Tem no seu nome o epiteto específico, em latim, de “pulcherrima”: a mais bela. O nome “Poinsétia” deriva do nome do primeiro embaixador dos EUA no México, Joel Roberts Poinsett que a levou para os EUA no século XIX.
A folha em forma de estrela simboliza a Estrela de Belém e o vermelho representa o sangue no sacrifício de Jesus Cristo.


ONDE ENCONTRAR?

JBA: 38.706277 -9.201299

JBL: 38.717913 -9.151357

JBT: 38.700322 -9.202371 (área de acesso condicionado, local só visitável com acompanhamento de um funcionário)

AZEVINHO

Ilex aquifolium L.

O Azevinho, também conhecido por Visqueiro, Pica-folha, Xardo, é uma planta nativa da Europa e noroeste de África e foi introduzido em diversos países. Tem uma ampla distribuição em Portugal, sobretudo no norte do país.
Desde 1989, não é permitido o corte e a venda espontâneos desta espécie, no território de Portugal continental, sem a devida credenciação.
Muito utilizada nas decorações de Natal, especialmente em coroas, grinaldas e centros de mesa. Séculos antes de se celebrar o Natal, a planta era já utilizada em celebrações pelos Celtas e Romanos.


ONDE ENCONTRAR?

JBL: 38.719125 -9.149471, 38.717846 -9.148353

GILBARDEIRA

Ruscus spp. (várias espécies nos Jardins)

A gilbardeira ou Erva-dos-vasculhos, no caso de Ruscus aculeatus, é uma espécie autóctone de Portugal e está presente em todo o país, a área de distribuição nativa vai da Macaronésia ao oeste do Mediterrâneo e Sul da Europa Central ao Cáucaso bem como ao Norte de África.
Começou a ser colhida na altura do Natal quando rareava o azevinho. É utilizada em arranjos florais, mas a espécie nativa não deve ser colhida nos seus habitats naturais.


ONDE ENCONTRAR?

JBA: 38.706515 -9.199568

JBT: 38.699480 -9.202225

JBL: 38.718231 -9.149140

MUSGO CAUDA ENROLADA

Scorpiurium circinatum (Brid.) M.Fleisch. & Loeske

Dependendo da espécie, é possível encontrá-lo, um pouco, por todo o planeta.
Em Portugal continental existem mais de 700 espécies de briófitos (musgos, hepáticas e antocerotas), sendo que 30% apresentam um estatuto de conservação elevado. Esta informação só é possível devido à existência de herbários, como é o caso do herbário LISU da ULisboa.
É frequentemente utilizado na construção de presépios, no entanto, esta tradição tem um grande impacto nos habitats naturais, pois estes organismos são importantes para combater a erosão, fixar água no solo e também como nicho ecológico para várias espécies de animais. É importante evitar comprar estas espécies devendo, em alternativa, optar por searinhas de trigo ou alpista.


ONDE ENCONTRAR?

JBL: 38.718840 -9.150540

HERA

Hedera spp.

Existem várias espécies de Hera nos três Jardins Botânicos da ULisboa. As autóctones são, na sua maioria, nativas da maior parte da Europa e da Ásia ocidental.
São utilizadas nas decorações de Natal, especialmente nas coroas, grinaldas e centros de mesa, ou mesmo em floreiras ou cestas suspensas.


ONDE ENCONTRAR?

JBA: 38.705859 -9.2011856, 38.706442 -9.199291

JBL: 38.719457 -9.150264, 38.719594 -9.149814

JBT: 38.698729 -9.202685, 38.698029 -9.203289

LÍQUENES

Cladonia spp. (entre outros géneros)

A sua distribuição e o seu nome comum dependem das espécies, existindo largas centenas destas em Portugal em diferentes habitats.
Os líquenes não são plantas, são associações de, pelo menos, três organismos, dois fungos e uma alga. São usados na construção de presépios e frequentemente vendidos como “musgo branco”.
Os líquenes não devem ser removidos dos seus ecossistemas pois tal como os musgos combatem a erosão, fixam o solo e são importantes componentes das chamadas “crostas do solo”, como se fossem a “pele” da terra, tendo um papel ecológico muito importante.


ONDE ENCONTRAR?

JBL: 38.718373 -9.14948

OS NOSSOS JARDINS BOTÂNICOS

Onde podem ser encontrados estes espécimes?
Estão distribuídos pelos nossos jardins. Conheça-os um pouco melhor.

JARDIM BOTÂNICO DE LISBOA

Criado no final do séc. XIX, o Jardim Botânico de Lisboa (JBL) tem uma área de 4 ha e uma coleção de plantas com espécimes oriundos de diversas partes do mundo. O Jardim divide-se em duas zonas: a classe e o arboreto. A classe corresponde à zona em que as espécies se encontram organizadas taxonomicamente em canteiros dispostos à volta de um lago central. O arboreto apresenta plantas de grande porte onde se destacam as coleções de cicadófitas, palmeiras e figueiras tropicais. A estufa, o edifício dos herbários e o Observatório Astronómico estão localizados na classe. Em 2010 foi classificado como Monumento Nacional.


Contactos
T. +351 213 921 800
E. geral@museus.ulisboa.pt
W. museus.ulisboa.pt

Horários e Preços

LOCALIZAÇÃO

JARDIM BOTÂNICO TROPICAL

O Jardim Botânico Tropical (JBT) é um espaço verde de interesse científico e de recreio com cerca de 7 hectares, sendo constituído, essencialmente, por espécies exóticas cuja plantação se destinou a desenvolver o estudo da flora das colónias portuguesas. Plantado em terreno com suave declive, o jardim integra alamedas, lagos, estufas, campos experimentais, jardim oriental e canteiros onde se dispersam várias espécies exóticas, para além de um herbário. No topo Norte do jardim, situa-se o Palácio Calheta, mandado construir como casa de veraneio, em meados do séc. XVII por D. João Gonçalves da Câmara, 4.º Conde da Calheta.
Em 2007, o Jardim foi classificado como Monumento Nacional.


Contactos
T. +351 213 921 808
E. geral@museus.ulisboa.pt
W. museus.ulisboa.pt

Horários e Preços

LOCALIZAÇÃO

JARDIM BOTÂNICO DA AJUDA

O Jardim Botânico da Ajuda (JBA) é o primeiro Jardim Botânico de Portugal e tem mais de 240 anos de existência.
Este jardim histórico, com uma área de 3,5 hectares, tem uma vasta coleção botânica, banco de conservação de sementes, destilador de óleos essenciais de plantas aromáticas, entre outros recursos.


Contactos
T. +351 213 622 503
E. botanicoajuda@isa.ulisboa.pt
W. isa.ulisboa.pt

Horários e Preços

LOCALIZAÇÃO

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FICHA TÉCNICA

Coordenação Científica: César Garcia
Fotos das plantas: César Garcia